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Mostrando postagens de março, 2017

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira, 31 de março e Sábado, lº de abril

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Jo 7,1-2.10. 25-30; 40-53 - Discussões sobre a origem de Jesus         O Evangelho retoma a questão das origens de Jesus. A multidão o reconhece como o Profeta esperado desde Moisés; os fariseus e escribas, por sua vez, não admitem ser Ele o Messias, “pois este, diziam eles, nós sabemos de onde é, ao passo que ninguém saberá de onde será o Cristo”. De fato, segundo muitos mestres judaicos, o Messias teria uma origem desconhecida.  Mas quem é Ele? De onde lhe vem essa autoridade com a qual ensina e anuncia a proximidade do Reino de Deus? Entrementes, no Templo, em alta voz, Jesus dizia que Ele, vindo da Galileia, não era profeta por sua própria vontade, mas sim em nome Daquele que é verdadeiro e que o enviara. Declara-se “mensageiro”, a partir da experiência de Deus como seu Pai e com o qual mantinha uma relação íntima, surpreendente para os seus contemporâneos. Relação que atinge não só o conteúdo de sua mensagem, na qual Ele celebra a origem misericordiosa da Lei, como tamb

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira, 30 de março

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Jo 5, 31-47 - As testemunhas autentificam a missão de Jesus                 Para credenciar suas palavras, Jesus cita João Batista, Moisés e as Escrituras Sagradas; e indica um testemunho ainda mais valioso: as obras que o Pai lhe deu a realizar.   Os opositores, dentre eles os fariseus, recusam aceitar sua autoridade divina, pois estão convencidos de que a Lei era um dom perfeito, que englobava todas as manifestações divinas, capaz de fazer de Israel uma comunidade pura e santa diante de Deus. A Lei era intocável, ninguém poderia mudá-la, nem mesmo o próprio Messias. O diálogo entre o homem e Deus deveria passar por ela e quem a observasse seria cumulado de méritos; sua transgressão traria castigo e exclusão da comunidade.         Por isso, a liberdade soberana de Jesus, em relação à Lei, causa grande admiração a todos. A população o ouve com a respiração presa, pois jamais tinha ouvido alguém falar com tamanha liberdade. Sem negar a Lei, mas restaurando a ordem origina

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira, 29 de março

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Jo 5, 17-30 - Discurso sobre as obras do Filho                 Em seu agir livre e misericordioso, Deus jamais dispensa a nossa liberdade. Caso contrário, não seríamos pessoas responsáveis e, em última análise, não haveria o bem e o mal, que nos permitem modelar nossa identidade. Por conseguinte, para agirmos bem e de modo justo, urge deixar agir em nós o fogo purificador do Espírito divino, que nos comunica o dom do discernimento para distinguir o que é preciso admitir e o que necessitamos rejeitar em nossas decisões. Sem cairmos numa interpretação eclesiástica de Deus, anima-nos a esperança de encontrar um modelo de verdadeira humanidade, chance vital de liberdade e realização. Ao falar de suas obras, Jesus diz fazê-las não por conta própria, mas, segundo suas palavras, de acordo com a vontade do Pai: “O Pai confiou tudo a mim; ninguém conhece o Filho a não ser o Pai e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho quiser revelar”. Por conseguinte, em sua

Reflexão do Evangelho - Terça-feira, 28 de março

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Jo 5, 1-16 - Cura do enfermo na piscina de Betesda                       Com quatro pórticos laterais e um quinto pórtico divisório no centro, a piscina, denominada em hebraico Betesda, estava repleta de doentes. Um deles, doente há 38 anos, suspirava por alguém que o ajudasse a chegar às águas, pois, quando agitadas pelo Anjo do Senhor, “o primeiro, que aí entrasse ficava curado”. Até aquele instante, ele não tinha encontrado ninguém que o auxiliasse.                De repente, uma voz, suave e tranquila, pergunta-lhe: “Queres ficar curado? ”. É a voz de Jesus, daquele que tudo recebeu do Pai para salvação da humanidade. Ao doce rumor daquelas palavras, ele se volta, pois não fizera nenhuma súplica, nenhum pedido. A bondade de Jesus derramava luz sobre todo o ambiente; então, invadido por uma alegre esperança, com voz trêmula, ele responde: “Não tenho quem me jogue na piscina, quando a água é agitada; ao chegar, outro já desceu antes de mim”. No horizonte, brilha um sol ard

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 27 de março

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Jo 4, 43-54 - Cura do filho de um funcionário real                 Aproxima-se de Jesus um dos funcionários do “rei” (basilikós), que significava, na realidade local, o tetrarca Herodes Antipas, ao qual, segundo costume romano, tinha sido entregue o governo sobre a Galileia. Vindo de Cafarnaum, aquele homem, angustiado e aflito, se dirige a Jesus e suplica-lhe que “fosse curar seu filho, que estava à morte”. Habitualmente, Jesus aproveitava essas ocasiões para avivar no coração dos que dele se aproximavam o arrependimento e a sede de vida nova. Por isso, dirigindo-se a ele e aos demais que o acompanhavam, Jesus enfatiza a necessidade da fé, pois o milagre resulta do amor gratuito e misericordioso de Deus. Não compreendendo bem o que lhe era dito por Jesus, numa súplica respeitosa e emocionante, o funcionário insiste em conduzi-lo ao seu filho. Tal exigência era desnecessária, pois para Jesus bastava uma palavra e uma mínima centelha de confiança para curar. Fixando seus olho

Reflexão do Evangelho – Domingo, 26 de março

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Jo 9, 1- 41 - A cura do cego de nascença                  O que seria pior, a cegueira física ou a cegueira moral e espiritual? Se a primeira nos impede de ver a luz do sol, a segunda fecha nossa mente e coração ao amor e à verdade de Deus. Jesus, encontrando-se com um cego de nascença, tem compaixão dele e, após colocar sobre seus olhos um pouco de lama, disse-lhe: “Vai lavar-te na piscina de Siloé”, que significa o Enviado. Por ser dia de sábado, os fariseus ficam escandalizados, chamam Jesus de pecador e negam a realidade do milagre. A propósito, recordamos que os fariseus buscavam, com zelo e obstinação, a santidade e a pureza de Israel, não admitindo infligir o dia de sábado, pois se consideravam os únicos intérpretes da Lei em suas profundas e básicas intenções. Por isso, radicalizaram-se e se fecharam num legalismo formalista, sem um conteúdo real. No final do relato do milagre, Jesus irá se voltar para eles e dizer: “Se fôsseis cegos não teríeis culpa; mas porque dizei

Reflexão do Evangelho – Sábado, 25 de março

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Lc 1, 26-38: Anunciação do Senhor                          Na pequena cidade de Nazaré, uma jovem de nome Maria estava orando, quando lhe aparece o Arcanjo Gabriel. Para seu espanto, ele lhe anuncia que o Espírito Santo descerá sobre ela e a cobrirá com a sua sombra, assim como a nuvem, presença de Deus, tinha descido sobre o Monte Sinai. Sentindo-se chamada a uma importante missão, confiada por Deus, ela ouve a mensagem do Arcanjo: “Tu encontraste graça junto do Senhor”. Revelando-se, Ele se comunica e assume totalmente a humanidade recebida de Maria, a cheia de graça, a filha de Sião do fim dos tempos. Em razão do seu sim, “seja feita a tua vontade”, ocorre a mais plena manifestação do Espírito Santo: a Encarnação do Filho de Deus, início de uma vida nova para a humanidade toda inteira. S. Justino e S. Irineu leem esta passagem à luz do relato do Gênesis e traçam um paralelo entre Maria e Eva, “a mãe de todos os viventes”, entre o “fiat”, o faça-se da anunciação, e a desob

Reflexão do evangelho - Sexta-feira, 24 de março

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Mc 12,28-34- O maior mandamento À pergunta de um escriba sobre qual seria o maior e primeiro mandamento, Jesus cita aquele que fazia parte da profissão de fé monoteísta de cada judeu: amar a Deus de todo coração e com todas as suas forças. Mas, por iniciativa própria, Ele acrescenta um segundo mandamento: amar o próximo como a si mesmo (cf. Lev. 19,18). Se as Escrituras os citam, separadamente, Jesus os une, intimamente, e manifesta serem eles expressão do amor de Deus para conosco. Ao assumir a realidade humana, Jesus inclui nele a humanidade regenerada e a torna participante da vida divina. Daí a bela declaração de S. Atanásio: “Deus se fez homem para que o homem se tornasse Deus”. Ou podemos dizer de outro modo, referindo-nos à humanidade de Jesus: ela não só é semelhante à nossa, mas é a mesma que está em nós e que nele, o “novo Adão”, atinge sua realização plena e perfeita. Em termos espirituais, podemos dizer que cada ser humano está incluído em Cristo e participa do

Reflexão do evangelho - Quinta-feira, 23 de março

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Lc 11,14-23 - Jesus e Belzebu                 O Evangelho é a notícia alegre da salvação para todos os que “estão acordados” ou, em outras palavras, estão vigilantes, aguardando a vinda do Reino de Deus. Nessa comunidade, na qual Deus é reconhecido como um Pai de bondade, e a solidariedade e o amor são o cerne da Lei, os milagres, realizados por Jesus, levam a crer nele como aquele que “veio de Deus”; e esta é a compreensão de Nicodemos, do cego de nascença e de todos os que reconhecem nele o Messias esperado. Mas para outros, os milagres resultam de um poder que, estando além do controle deles, é humanamente discutível. Neste sentido, numa interpretação hostil a Jesus, os escribas, descidos de Jerusalém, dizem: “É por Belzebu, príncipe dos demônios, que Ele expulsa os demônios”.         O título Belzebu liga-se a textos antigos e designa o primeiro dentre os inimigos de Deus, aquele que está à frente e governa as forças do mal. Em clima de polêmica com fariseus e escribas,

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira, 22 de março

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Mt 5, 17-19 - Cumprimento da Lei                 Rigorosos e tradicionalistas intérpretes das mínimas prescrições da Lei, os fariseus buscavam a santidade e a pureza de Israel, imprimindo feições duras e intransigentes no exercício da vida cotidiana. Importava constituir um conjunto de medidas preventivas em defesa da observância da Lei, a fim de preservar o espírito do judaísmo em sua força e identidade. O mesmo ideal de santidade e pureza é apresentado à humanidade toda inteira por Jesus, que visava despertar a responsabilidade de cada pessoa, em sua resposta livre ao amor misericordioso do Pai celestial. Precavidamente, Ele evitava a suposição de que, tendo vindo em nome do Pai para cumprir uma missão, estaria ab-rogando a Lei.         Por isso, sem deixar de alertar os discípulos sobre o risco de se deixarem levar por uma compreensão rigorosa e casuística da Lei, Jesus os acautela contra o extremo oposto: julgarem-se dispensados da Lei, pois em seus ensinamentos, para al

Reflexão do Evangelho - Terça-feira, 21 de março

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Mt 18, 21.19,1 - O perdão das ofensas e a parábola do devedor implacável                 A própria história humana mostra que a liberdade e a felicidade não são simplesmente expectativas, mas possibilidades reais. O ser humano pode ou não corresponder ao bem. Mas, mesmo negando o bem, o homem jamais deixará de ter a possibilidade de se corrigir. Por isso, Jesus fala do perdão, sempre renovado, que não se limita só a sete vezes, como pensava o Apóstolo S. Pedro: “Senhor, quantas vezes devo perdoar ao irmão, que pecar contra mim? Até sete vezes? ”. O número sete significa totalidade e indica que o discípulo deve perdoar sempre, mesmo que a falta se repita. Talvez ao dizer sete, Pedro pensasse num número máximo de vezes. No entanto, o coração misericordioso de Jesus surpreende a todos, ao responder: “Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete”. A bondade do Senhor é infinita. E para que os discípulos não acalentem ideias de rancor e possam evitar a dureza de coração, Ele na

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 20 de março

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Mt 1, 18-24 - José, esposo de Maria e pai adotivo de Jesus Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus se encarnou no seio puríssimo da Virgem Maria, culminância da ação do Espírito Santo na história da salvação. A vinda pessoal do Filho de Deus, que se tornou um dentre nós, afasta a tentação de pensar Deus como um divino impessoal, ou a tentação de distanciar Deus dos homens, sem que entre eles houvesse possibilidade de comunicação. Incluído em Jesus, o ser humano não só se volta para Deus, em todos os aspectos de sua vida, mas se torna, graças ao Espírito Santo, responsável do destino de toda a criação. Em cada um de nós, como dom gratuito, existe uma força de sentimento universal, para que anunciemos em alta voz a dignidade de toda pessoa e pratiquemos, segundo já ensinavam os profetas, o direito e a justiça. O momento culminante da “humanização” deu-se na encarnação, quando Maria, através do seu sim, permite a união plena do divino e do humano: o Espírito Santo vem e estabele

Reflexão do Evangelho – Domingo, 19 de março

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Jo 4, 5-42 - Jesus e a samaritana                 Voltando de Jerusalém para a Galileia, Jesus passa pela grande artéria de comunicação da Palestina, a Samaria. Em Siquém, lugar onde o Povo de Deus se reunia para a renovação da Aliança do Sinai, Ele, cansado pela longa caminhada, “sentou-se junto ao poço”, aonde a população local vinha retirar água. Era pelo meio-dia, o sol a pino e ardente. Contornando o poço, esgueirando-se por entre alguns pés de oliveira, estendia-se um caminho, batido pelo pisar dos peregrinos, que ia até Jerusalém. Os Apóstolos tinham se dirigido à pequena cidade, não muito distante, à procura de alimento; ao redor da fonte, estavam Jesus e uma mulher, samaritana. Ela tinha evitado as primeiras horas do dia, como normalmente sucedia com as mulheres locais, que vinham à fonte buscar água, enquanto não se fazia muito calor.         Vendo-a, Jesus não demonstra qualquer estranhamento. Deixando de lado as barreiras de nacionalidade e os costumes rígidos do

Reflexão do Evangelho – Sábado, 18 de março

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Lc 15,1-3.11-32 - Parábola do filho pródigo                 Uma das mais belas passagens do Evangelho é a parábola do filho pródigo, na qual se descreve, em detalhes, a conduta de dois filhos e o sentimento do pai em relação a cada um deles. O intuito de Jesus é revelar Deus como um Pai misericordioso, solícito e pronto a perdoar e a acolher em sua inesgotável bondade os pecadores arrependidos. O que importa, dentro do hoje da conversão, é o novo nascimento.            Apesar de o filho mais jovem ter esbanjado todo o dinheiro, que ele lhe tinha dado, o pai dedica-lhe um amor inquebrantável. Sua atitude amorosa opõe-se a reação áspera e egoísta do filho mais velho, que demonstra certo desprezo pelo irmão, dizendo ao pai: “Agora que esse teu filho voltou e, com raiva, não queria entrar para estar com ele”.  O filho mais jovem, ao longo do caminho de retorno à casa paterna, pensava em declarar a sua culpa, pedir perdão, prostrar-se aos pés do pai. Ainda distante, humilhado,

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira, 17 de março

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Mt 21,33-43.45-46 - Parábola dos vinhateiros homicidas                 Através das parábolas, que retratam o cotidiano da vida, Jesus sugere alegria, coragem e segurança, como características daqueles que acolhem a sua oferta de salvação e a mensagem de que o Reino de Deus já está presente entre nós. Consequentemente, afastam-se deles a frieza interior e a insensibilidade da alma.   Na parábola dos vinhateiros homicidas, Jesus narra o episódio do dono de uma vinha, que, após equipá-la devidamente, parte para longe, deixando-a entregue a alguns arrendatários. Ao chegar o tempo da colheita, ele envia seus servos para receberem a parte que lhe é devida. Os arrendatários da vinha, armados de agressiva violência, os submetem ao mesmo tratamento, que fora dado aos profetas: eles são rejeitados, maltratados e, até mesmo, mortos. A reação violenta dos vinhateiros, que representam os condutores do Povo da Aliança, destaca S. João Crisóstomo, “supera em sua atitude sanguinária a dos p

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira,16 de março

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Lc 16, 19-31 - Parábola do mau rico e do pobre Lázaro                 A parábola fala de um homem muito rico, não propriamente cruel ou desdenhoso, mas que, simplesmente, ignora o pobre mendigo, prostrado à porta de sua casa, definhando-se. Requintadamente vestido, ele se deleita em sua riqueza, o que leva S. Jerônimo a exclamar: “Ó mais infeliz entre os homens, vês um membro do teu corpo prostrado diante da porta e não tens compaixão. Em meio às tuas riquezas, o que fazes do que te é supérfluo? ”. Hoje, perante tantos famintos, desprezados e rejeitados, a mesma indignação arde em nossos corações. No entanto, no dizer do Papa Francisco, “muitos se acomodam e se esquecem dos outros, não veem seus problemas, suas chagas e dores. Estes caem no indiferentismo”. Quando ambos morreram, os anjos levaram o pobre Lázaro “para junto de Abraão”, enquanto o rico permanece “na região dos mortos, no meio dos tormentos”. O abismo que os separa foi criado ao longo da vida terrena: Lázaro nã

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira, 15 de março

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Mt 20,17-28 - Pedido da mãe dos filhos de Zebedeu                 A expectativa era grande. Os Apóstolos aguardavam a qualquer momento a manifestação do Reino de Deus. Com um olhar sereno, porém triste, Jesus fala de sua morte e ressurreição: “O Filho do Homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos escribas; eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios, e três dias depois ressuscitará”. No entanto, absorvidos em seus pensamentos de glória, os discípulos não o entendem. A mãe de dois deles, Tiago e João, filhos de Zebedeu, interpretando suas palavras como anúncio da iminência da realização messiânica, pede ao Mestre que lhes conceda, “sentarem omemn HH um à direita e outro à esquerda” em seu Reino. Não é a primeira nem a última vez que o Evangelho sublinha o desejo de precedência. Há uma ambição a ser corrigida, pois o que importa é pertencer ao novo reino de serviço mútuo, afastando-se da pretensão de ser mais do que os outros. Por isso, olhando para eles e d

Reflexão do evangelho - Terça-feira, 14 de março

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Mt 23, 1-12 - Hipocrisia, vaidade dos fariseus?         No tempo de Jesus, as autoridades religiosas, mais precisamente, alguns fariseus, sentavam-se na “cátedra de Moisés”, no desejo de serem reconhecidos e exaltados pelo povo, como cumpridores do ideal do judeu observante. No entanto, pelo fato de não colocarem em prática o que ensinavam, a verdadeira intenção das leis divinas era ofuscada, ao invés, eram ressaltados as normas e regulamentos humanos, que constituíam, segundo as palavras de Jesus, “pesados fardos, colocados sob os ombros do povo”. O procedimento de Jesus era bem diverso, seus ensinamentos refletiam compreensão, simplicidade e ternura pelos mais humildes, o que provocava forte reação, da parte dos fariseus, que consideravam sua atuação como sendo “contra a Lei”. Jesus não se sente intimidado. Porém, evitando resvalar numa religião de “ópio”, que tivesse por objetivo amortecer o sofrimento e a humilhação dos pequenos com falsas promessas, Ele quer libertar seus