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Mostrando postagens de abril, 2015

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira 30 Abril

Reflexão do Evangelho Jo 13, 16-20 O servo não é maior do que seu Senhor. Quinta-feira 30 Abril        No momento solene da última ceia, Jesus lembra que não só ali, mas em qualquer outra ocasião, os discípulos deviam abolir todo tipo de ambição. Reunidos em volta da mesa, eles partilham os alimentos e sentem-se irmanados. A imagem da refeição ou do banquete era muito querida por Jesus, que a utiliza em algumas parábolas e é apresentada como sinal de comunhão na vida futura. Para significar a humildade e o serviço, Jesus, inesperadamente, levantou-se e, após depor o manto e cingir-se com uma toalha, pôs-se a lavar os pés dos Apóstolos, dizendo-lhes: “Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais”. Se eu vos lavei os pés, eu, que sou o vosso Mestre, muito mais vós deveis lavar os pés uns dos outros. Mais tarde, esta passagem será utilizada contra a ambição daqueles que buscavam honrarias na Igreja, ao invés do serviço.  Já o dia ia avançado, quando Jesus

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira 29 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 12,44-50 - Jesus, caminho para o Pai. Quarta-feira 29 de Abril        Por sua relação especial com o Pai, Jesus declara ser “a luz do mundo”: “Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas em quem me enviou. E quem me vê, vê aquele que me enviou”. S. João emprega o verbo “crer” no sentido de “ver”, pois é possível ver sensivelmente Cristo, sem vê-lo realmente em seu coração. Daí o esforço do Senhor para conduzir seus discípulos à visão da fé, à experiência filial de Deus, realidade interior, que assume grande importância no capítulo em que Ele restitui a vista ao cego de nascença (Jo 9,3ss). Naquela ocasião, após curá-lo, ciente de que os fariseus o tinham expulsado, Jesus pergunta-lhe: “Crês no Filho do Homem?” E o que fora cego responde-lhe: “Quem é Senhor, para que eu nele creia?” Jesus lhe diz: “Tu o vês, é quem fala contigo”. E, prostrando-se, ele exclama: “Creio, Senhor!” Então diz Jesus: “Para um discernimento é que vim a este mundo: para que os qu

Reflexão do Evangelho - Terça-feira 28 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 10, 22-30 - Jesus se declara Filho de Deus Terça-feira 28 de Abril Certa feita, Jesus encontrava-se “andando sob o pórtico de Salomão” e sua figura perturbava os fariseus e doutores da Lei. A curiosidade era grande, não menos a maldade presente em seus corações. Alguns se aproximam dele e lhe perguntam se Ele era ou não de fato o Messias, que, no parecer deles, viria para restabelecer o reino de Israel, reino de justiça e de paz. A questão era bastante atual, sobretudo, em vista da opressão romana a que estavam submetidos. O olhar de Jesus parecia divagar, estava distante, pois via por trás da fachada solene e majestosa dos que o interrogavam a arrogância e a maldade. Seu silêncio, porém, os constrange. O Evangelista diz que “era a inverno” para significar, comenta S. Agostinho, “que o coração de seus ouvintes estava gelado, pois não se deixavam aquecer pelo fogo divino, do qual só se aproxima pela fé”. Impacientes, eles insistem: “Até quando nos man

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 27 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 10, 1-10 - O Bom Pastor Segunda-feira 27 de Abril        A imagem de Deus como pastor está radicada na cultura aramaica, que precedeu os patriarcas de Israel. Nômades, eles viviam em meio a uma civilização pastoril, que via na figura do pastor o chefe e o amigo, sempre pronto a defender o rebanho contra as feras e os assaltos de ladrões. Conhecendo as ovelhas, o pastor as considerava como filhas, levando-as em seus braços quando necessário. Sobre esse pano de fundo, Jesus se apresenta como o bom Pastor, que conhece e ama suas ovelhas e arrisca sua vida para procurar e salvar a que se desgarrou. Embora não utilize o título de pastor para designar a missão dos Apóstolos, Ele descreve o seu ministério, como também o de seus seguidores, sob os traços misericordiosos e solícitos do pastor que cuida de suas ovelhas e afadiga-se em buscar a ovelha perdida. À noite, ele as recolhe num espaço comum e, de manhã, chamando-as individualmente por seu nome, ele as

Reflexão do Evangelho - Domingo 26 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 10, 11-18 - O bom Pastor Domingo 26 de Abril               O tema da vida pastoril é comum ao povo judaico. Já no princípio da história bíblica, Deus é chamado de pastor. Também os patriarcas e os próprios reis recebem o título de “pastor”. No Evangelho, Jesus descreve o seu ministério em termos de pastoreio e, na hora de sua morte, ele se compara ao Cordeiro imolado e ao pastor separado das ovelhas pela morte violenta. No texto, ora considerado, em oposição ao mercenário, ele declara ser o bom Pastor, pronto a dar a vida por suas ovelhas, enquanto o mercenário, à chegada do lobo, foge e abandona o rebanho. Em contraste, entre o bom Pastor e as ovelhas, medram profundos vínculos de comunhão, que nos remetem à sua união com o Pai: “Eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai”. A inter-relação entre o Pai e o Filho se estende ao conhecimento recíproco existente entre pastor e ovelhas, permitindo-nos considera

Reflexão do Evangelho - Sábado 25 de Abril

Reflexão do Evangelho Mc 16, 15- 20 - A Ascensão de Jesus Sábado 25 de Abril            Em breve resumo, o Evangelista alude diferentes acontecimentos, sem dar indicações precisas de tempo ou lugar. Após enviar os Apóstolos a todas as nações para anunciar o Evangelho da salvação, o vencedor da morte, Jesus, “foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus”. Todos os que ouvissem a sua Palavra e a acolhessem com fé, seriam batizados e incorporados a Ele como membros de sua Igreja.   Testemunhada pelos Apóstolos, a Ascensão coloca a missão terrena de Jesus sob o signo da alegria e do retorno ao Pai. Em sua Encarnação, sem que sua divindade fosse diminuída, Ele assumiu a nossa humanidade. S. Atanásio proclama: “Deus se fez portador da carne, para que o homem pudesse tornar-se portador do Espírito divino” (S. Atanásio). Em sua Ascensão para junto do Pai, Ele leva consigo a nossa natureza humana, incluindo-a em sua divindade. Realiza-se assim nosso retorno ao Pai, realidade s

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira 24 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 6, 52-59 - Jesus, pão de vida eterna Sexta-feira 24 de Abril As palavras de Jesus encontram reações as mais diversas. Acolhidas por alguns, elas são rejeitadas por outros, como ocorre no Evangelho de hoje, em que Jesus afirma: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós”. Com sutileza, seus adversários colocam a questão: O que quer dizer que nos dará a sua carne para comer? À primeira vista, elas expressam um ato de incredulidade. Porém, com intenção e reações diferentes, a mesma pergunta será feita ao longo do Evangelho. Assim, desejoso de conhecer melhor a mensagem de Jesus, Nicodemos o interroga: “Como poderia um homem nascer uma segunda vez?” À beira do poço de Jacó, a samaritana se mostra admirada: “Senhor, nem sequer tens uma vasilha e o poço é profundo; de onde, pois, tiras esta água viva?” Perguntas e atitudes diferentes, que não deixam, no entanto, de sugerir certa objeção às palavras do Sen

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira 22 de Abril e Quinta-feira 23 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 6, 30-51- Eu sou o pão da vida Quarta-feira 22 de Abril e Quinta-feira 23 de Abril        Ao lado de Jesus, aglomera-se uma multidão. De modo claro e singelo, Ele acaba de afirmar: “Eu sou o pão da vida”. As pessoas se entreolham e um murmúrio se eleva. Sobretudo porque a essas palavras Jesus acresceu uma referência ao maná dado por Moisés, no deserto, que “vossos pais, diz Ele, comeram e, no entanto, morreram”. Ao contrário, o pão, ao qual Ele se refere, desceu do céu e é garantia de vida eterna, pois quem dele comer não morrerá. A admiração de todos é grande. Diante dessas palavras, muitos, inclusive os Apóstolos, ficam profundamente chocados com o realismo das palavras do Mestre. Alguns lembravam as palavras ditas em Nazaré: “Não é Ele o filho do carpinteiro?” Por que está agora dizendo que desceu do céu? Sentiam-se enganados quando o ouvem dizer que lhes daria sua carne para comer. Como é possível? Como entender essas suas palavras?        Para o

Reflexão do Evangelho - Terça-feira 21 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 6, 30-35 -  Deu-lhes pão do céu a comer Terça-feira 21 de Abril               Logo após o milagre da multiplicação dos pães, parece descabida a pergunta feita a Jesus: “Que sinal realizas, para que vejamos e creiamos em ti? Que obras fazes?” Aliás, não são poucos os que desejam testá-lo e mesmo confundi-lo. Há outros, que o querem conhecer melhor e lhe pedem um sinal “proveniente do céu”. E é justamente do alto que provém a sua resposta.          Preparando-os, Jesus se reporta ao maná, concedido ao povo de Deus a caminho da Terra Prometida. Mais uma vez, Ele se esforça para que seus ouvintes se disponham a acolher o dom que Ele lhes concede: o verdadeiro maná, o pão descido do céu. Por sua natureza, ele é imperecível; por seu efeito, ele é fonte de vida eterna para os que o recebem. Ao contrário do maná dado no deserto, perecível e apenas capaz de alimentar o corpo mortal, o pão que Ele dará é o “verdadeiro pão do céu”, o “pão da vida”.        Ago

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 20 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 6, 22-29 - Jesus em Cafarnaum Segunda-feira 20 de Abril        Jesus e os Apóstolos entram na cidade de Cafarnaum, “ Caphar ” que significa campo, “ naum ” consolação ou formoso.  A pregação de Jesus não é uma palavra abstrata ou simplesmente informativa. Por isso, ao ouvi-lo, muitos ficaram “extasiados, pois ensinava com autoridade ( ecsousia ) e não como os escribas”. “Ele ensinava, observa S. Jerônimo, como Senhor, não se apoiando em outra autoridade superior, mas a partir de si mesmo”. Justamente por essa razão, os escribas, que vieram de Jerusalém, o acusam de falta de respeito pela “tradição dos pais” e contestam o direito de Ele se contrapor à Lei. Sábio, manso, cheio de amor, Jesus não os rebate, nem se justifica.   Ademais, pasmos, os escribas ouvem a multidão, proveniente de Tiberíades, narrar com entusiasmo o milagre da multiplicação dos pães e perguntar a Jesus, com certa familiaridade: “Rabi, quando chegaste aqui?” Sua resposta não é men

Reflexão do Evangelho - Domingo 19 de Abril

Reflexão do Evangelho Lc 24, 35-48 - Aparição aos Apóstolos Domingo 19 de Abril                 S. Lucas narra os mais decisivos atos do testemunho evangélico sobre a Ressurreição de Jesus: a verificação do túmulo vazio e as aparições. Ditas “privativas”, estas aparições deram origem a dúvidas e incertezas, alimentando fervorosa discussão entre os Apóstolos. Já era noite e eles lá estavam no Cenáculo, e enquanto discutiam, eis que lhes chega a notícia de que o Mestre aparecera a Pedro. Pouco antes, tinham chegado os dois discípulos provenientes de Emaús, contando o que lhes tinha sucedido e o fato de o terem reconhecido na fração do pão. Mesmo assim havia ainda dificuldade em acreditar em suas palavras. A discussão corria acalorada, quando, de repente, eles ouvem uma voz que lhes era bastante familiar: “A paz esteja convosco”. O espanto paralisou-os. Aterrados e cheios de medo, “eles julgam ver um espírito”. Sereno, Jesus os olhava e para tranquilizá-los pergunta: “Por que vos

Reflexão do Evangelho - Sábado 18 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 6, 16-21 - Jesus caminha sobre as águas Sábado 18 de Abril        Após despedir o povo e enviar os discípulos para a outra margem do lago, “Jesus subiu ao monte, a fim de orar”. Silêncio e solidão. Entre as nuvens, tocadas pelo vento forte, talvez Ele tenha avistado o barco dos discípulos, que buscavam em vão chegar a Cafarnaum.  “Na quarta vigília da noite”, nos primeiros albores do dia, Ele vai ao encontro deles. Aproxima-se, “caminhando sobre o mar”. Soprava ainda um vento intenso e impetuoso, quando eles avistam, em meio às águas encapeladas, um vulto que se aproxima. Vendo aquilo, sentiram medo e chegaram a exclamar: “É um fantasma!”        Assustados, eles viam o vulto se avizinhar, andando sobre as águas. Em meio ao fragor das ondas, que ameaçavam virar o pequeno barco, uma voz serena os tranquiliza: “Não temais, sou eu!” Imediatamente, eles reconhecem que é o Mestre, que faz menção de passar adiante, como o fez com os discípulos em Emaús. Pro

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira 17 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 6, 1-15 - Multiplicação dos pães (primeira) Sexta-feira 17 de Abril        O capítulo sexto tem um significado todo especial no Evangelho de S. João. Jesus acaba de atravessar o lago da Galileia, subindo a um alto monte com seus Apóstolos. Atraída por sua fama e por “causa dos sinais que ele operava nos doentes”, uma grande multidão o acompanha. Quem os visse andando, por entre aquelas colinas áridas, pensaria estar diante de um novo Moisés, conduzindo o povo pelas estradas da liberdade. Falando com as pessoas e tocando-as, mais uma vez, Jesus “sentiu compaixão delas”.  Se elas estão em busca de sinais, Jesus, ao invés, quer que elas ultrapassem o aspecto miraculoso e portentoso dos milagres, para alcançar a verdadeira fé. Sua ação revela a presença de Deus e a inaudita misericórdia divina, presente no mundo.        A noite se aproxima e o Senhor nota que a hora vai avançada. “Levantando os olhos, pergunta a Filipe: ‘Onde compraremos pão para aliment

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira 16 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 3, 31-36 - Último testemunho de João Batista Quinta-feira 16 de Abril        As atividades de Jesus desenrolavam-se na região da Judeia, lugar de mananciais, talvez não distante do rio Jordão. Após os ensinamentos ministrados a Nicodemos a respeito do batismo, Jesus, seguido pelos discípulos, percorre a região, anunciando o Evangelho e batizando. Na mesma ocasião, João, que “não tinha ainda sido encarcerado”, batiza com água. No encontro com um judeu, seus discípulos discutem a respeito dos “ritos de purificação”, que correspondem ao batismo.   Os discípulos de João defendiam o batismo na água, outros, citando as palavras dos profetas, falavam da purificação pelo “espírito” ou pelo fogo. Em pauta, o batismo de penitência, realizado por João Batista, e o batismo de Jesus. O clima tornou-se tenso, a discussão acalorou os ânimos, a ponto de os discípulos perguntarem a João: quem é que batiza legitimamente, Jesus ou ele? Em quem acreditar? O embate é pro

Reflexão do Evangelho - Terça 14 de Abril e Quarta-feira 15 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 3, 8-21 - Encontro com Nicodemos - Jesus vida e luz Terça 14 de Abril e Quarta-feira 15 de Abril                            De noite, para evitar a ironia de seus colegas fariseus, Nicodemos vai ao encontro de Jesus. Inesperadamente, Ele lhe diz que quem não nasce “de novo” ou “do alto”, não pode entrar no Reino de Deus. Com essas palavras, Jesus lhe fala de uma mudança total no modo de pensar e agir; é preciso não se deixar dominar pela realidade terrena, pois quem nasce da carne e nela permanece enclausura-se, no dizer dos monges do deserto, no egoísmo, na ganância e na cobiça. Na realidade, quem acolhe Jesus, nasce do alto, “nasce do Espírito e é espírito”.          No momento, Nicodemos não compreende o sentido de suas palavras. Mas ao ouvi-lo falar do Filho do Homem, que será levantado como “Moisés levantou a serpente no deserto”, ele começa a entrever o que Jesus lhe quer sugerir: é preciso partir para o deserto, isto é, destacar-se dos seus es

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 13 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo, 3, 1-8 - Encontro com Nicodemos (I) Segunda-feira 13 de Abril          As palavras de Jesus deixavam uma impressão forte em todos os que o ouviam. Um deles foi Nicodemos, que o procura no silêncio da noite, às escondidas, querendo evitar a crítica dos demais membros do Sinédrio. Ao chegar, ele saúda Jesus: “Rabi, sabemos que vens da parte de Deus, como um mestre, pois ninguém pode fazer os sinais que fazes se Deus não estiver com ele”. Ouvindo-o e compreendendo o que se passa no seu coração, Jesus retruca-lhe: “Em verdade, te digo: quem não nascer do alto não pode ver o Reino de Deus”.  Admirado pela inesperada e imediata reação de Jesus, ele procura defender-se: “Nascer de novo, como pode isto acontecer?” Seu coração está inquieto e confuso. Ao rebater as palavras do Senhor, sua voz assume um tom áspero: “Pode alguém voltar ao seio de sua mãe e nascer de novo?” Com uma doce ironia, Jesus lhe responde: “Tu mestre em Israel e não sabes essas coisas”.

Reflexão do Evangelho - Domingo 12 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 20, 19-31 - Aparição de Jesus ao Apóstolo Tomé Domingo 12 de Abril  Tornou-se proverbial a cena do Tomé incrédulo, que dizia: “Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não acreditarei”. Em outras ocasiões, durante a vida pública do Mestre, os Apóstolos tinham sentido nele a proximidade de Deus, presença que os abalou profundamente. Assim após a pesca milagrosa, Pedro cai de joelhos aos seus pés e lhe dá o título de Kyrios, Senhor, designação divina, que substituía o nome sacrossanto de Deus. O mesmo acontece na tarde daquele “dia, o primeiro da semana”, quando estavam os Apóstolos reunidos em Jerusalém. Talvez no cenáculo, com as portas bem fechadas por medo ainda das perseguições. De repente, ouvem uma voz que eles bem conheciam: “A paz esteja convosco”. É o Senhor! Ele lá estava, uma vez mais, no meio deles, estando presente Tomé.             Voltando-se para Tomé, o Mestre lhe diz: “Põe o teu dedo aqui e vê minhas mão

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira 10 de Abril e Sábado 11 de Abril

Reflexão do Evangelho Jo 21, 1-14 e Mc 16, 9-15 - Aparição às margens do lago Sexta-feira 10 de Abril e Sábado 11 de Abril                                               Alegres, os Apóstolos retornam às suas aldeias. Em Cafarnaum, muitos ao vê-los sentiam-se desconcertados diante do modo como eles se comportavam, após a morte do Mestre, não se mostravam tristes nem abatidos, mas tranquilos e jubilosos. Vendo-os assim admirados, os Apóstolos reconhecem a sabedoria do Senhor, que os enviou para fora de Jerusalém, onde seriam testemunhas do Ressuscitado. Uma noite, Pedro e os filhos de Zebedeu, Tomás e Natanael saíram para pescar no lago de Tiberíades. O sol começava a mostrar seus primeiros raios e eles, até aquele instante, nada tinham conseguido. Já próximos da praia, avistam um vulto, que de pé lhes acena e lhes diz: “Jovens, tendes algo para comer?” Eles, decepcionados por nada terem pescado, respondem com um seco “não”. A voz, agora firme, mas sempre serena, ordena-lhes:

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira 09 de Abril

Reflexão do Evangelho Lc 24, 35-48 - Aparição aos Apóstolos Quinta-feira 09 de Abril                                            S. Lucas narra os mais decisivos atos do testemunho evangélico sobre a Ressurreição de Jesus: a verificação do túmulo vazio e as aparições. Ditas “privativas”, estas aparições deram origem a dúvidas e incertezas, alimentando fervorosa discussão entre os Apóstolos. Já era noite e eles lá estavam no Cenáculo, e enquanto discutiam, eis que lhes chega a notícia de que o Mestre aparecera a Pedro. Pouco antes, tinham chegado os dois discípulos provenientes de Emaús, contando o que lhes tinha sucedido e o fato de o terem reconhecido na fração do pão. Mesmo assim havia ainda dificuldade em acreditar em suas palavras. A discussão corria acalorada, quando, de repente, eles ouvem uma voz que lhes era bastante familiar: “A paz esteja convosco”. O espanto paralisou-os. Aterrados e cheios de medo, “eles julgam ver um espírito”. Sereno, Jesus os olhava e para tranqu

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira 08 de Abril

Reflexão do Evangelho Lc 24, 13-35 - Os discípulos de Emaús Quarta-feira 08 de Abril        Cléopas e outro discípulo puseram-se a caminho na tarde do dia em que em que as mulheres tinham falado do túmulo vazio e das aparições de Jesus. Como outros discípulos, eles não levaram a sério o que elas disseram, julgando não passar de meras fantasias. Por isso, desconsolados e tristes, os dois afastam-se de Jerusalém, dirigindo-se às aldeias onde moravam. Emaús não era distante de Jerusalém, umas duas horas a pé. Durante o percurso, comentavam o que tinha acontecido na capital e consolavam-se mutuamente. O sol despedia-se, escondendo-se no horizonte arenoso e seco, quando a eles se juntou um estranho viajante, que lhes pergunta a causa daquela tristeza. Sem mesmo fixar seus olhos no viajante, admirados, eles lhe perguntam: “Tu és o único forasteiro em Jerusalém que ignora os fatos que nela aconteceram nestes dias?” “Quais?, disse-lhes ele”. E Cléopas começa a falar sobre Jesus, “pr